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Festa da Senhora da Conceição nas Lajes, noutros tempos

 

Pórtico da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, no Convento de São Francisco, Lages do Pico.

É com um misto de gratidão e de entusiasmo que vejo, no Facebook, jovens das Lajes opinar sobre diversos temas… com a propósito e coerência.

Podem crer mesmo que, ao contrário do que muitas vezes pode transparecer nos jornais da terra, onde surgem algumas opiniões quase (muitas vezes) sempre a cheirar a saudosismos retrógrados, ainda há gente jovem que sente e vive a sua terra e ainda bem.

Também é de registar que, quem se encontra longe, tendo porventura tempo mais disponível para a “pesquisa na net” e para a reflexão introspetiva, poderá apreciar de outra maneira e de forma mais contemplativa, os diversos “posts” que vão surgindo nalgumas redes sociais.

Este fim-de-semana assim aconteceu com o post do Rui de Brum Ávila sobre a igreja do convento franciscano da vila das Lajes – Nossa Senhora da Conceição.

Rui Brum Avila

O seu texto é por demais elucidativo de um trabalho cuidado e de pesquisa rigorosa e reza assim:
” Dia 8 de Dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição Padroeira e Rainha de Portugal - Igreja do Convento de São Francisco, única Igreja no Pico dedicada a Nossa Senhora da Conceição, está inserida no complexo Conventual de São Francisco, o mais antigo Convento da ilha do Pico da ordem de São Francisco, fundado e iniciado as suas obras por volta de 1641 terminadas em 1700, contudo e devido à afluência de religiosos e da sua ação educativa de caridade e auxilio decidiram aumentar a sua estrutura conventual por volta de 1768 e terminando cerca de 1804 e segundo alguns escritos da época diziam que "ficou um dos mais belos templos das ilha pelo primor da escultura dos retábulos e perfeição do dourado, possuindo já os ornamentos necessários, vasos sagrados, uma lâmpada de prata, coroas e resplendores em todas as imagens" Infelizmente por volta de 1830 um violento incêndio destrói por completo a Igreja ficando apenas as paredes, com peditórios à volta da ilha e nas ilhas vizinhas consegui-o se então recuperar a Igreja mas já sem o esplendor e magnificência de outrora. Durante a construção da Matriz das Lajes do Pico foi esta Igreja Conventual que serviu de Matriz a esta paróquia e aqui se casaram, batizaram, receberem as cerimónias fúnebres, etc. algumas gerações de Lajenses dai esta Igreja estar na memória e na no coração de muitos de nós.” In https://www.facebook.com/photo.php?fbid=67846  9365526663&set=gm.10152802485226664&type=1&theater

Por diversas maneiras poderemos aceder aos textos sobre a vida de São Francisco de Assis, mas em todos eles encontramos referência às armas do franciscanismo – o Tau (cruz) com as mãos enterlaçadas e é esse simbolismo que se encontra no pórtico da igreja acima referida e muito bem retratado pelo mesmo autor.

As lembranças que muitos ou todos os da minha geração mantêm da nossa vida religiosa naquele templo são imensas, passando pela festa da Senhora da Conceição, então feriado nacional e que ali era celebrada com pompa e musicalidade únicas, desde o engalanar do altar-mor com a bandeira nacional ao redor da imagem, à profusão de lâmpadas e flores, sob cuidada orientação litúrgica do pároco de então o saudoso Padre António Cardoso. Ali celebrei o meu batizado, primeira comunhão, comunhão solene (o meu par foi o José Amílcar) e me crismei. Eu e muitos outros como acima refere o Rui e por isso nada mais resta acrescentar a este modesto apontamento, valendo-me com a devida vénia do protagonista primeiro – o Rui Brum Ávila - e não esquecendo e homenageando todos os que durante décadas deram brilho musical às cerimónias religiosas naquela igreja, com uma referência ao Sr. Chico Castro no órgão, a minha mãe Olga Lopes Ávila no seu violino e a meu pai Ermelindo Ávila à frente da capela durante anos e anos, enquanto as missas foram em latim

Não faz mal recordar…

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